domingo, 24 de abril de 2011

Plurais Metafônicos





Um dia desses, estava vendo uns videos no youtube e achei um vídeo bem legal,  "o assaltante". Quem quiser, o vídeo é este que está aqui do lado. Achei interessante o que o cara falou, sobre plural metafônico. Por isso eu fiz uma pesquisa sobre o que isso, está aí.

Alguns substantivos, além de receberem a desinência -s na formação do plural, trocam a vogal tônica fechada (ô) pela tônica aberta (ó). Esse é o chamado plural metafônico. A palavra vem do grego metafonia [met(a)- + -fon(o)- + -ia] que, em gramática, significa alteração do timbre de vogal tônica fechada para vogal tônica aberta. Assim, povo (ô) / povos (ó),  tijolo (ô) / tijolos (ó),  porco (ô) / porcos (ó) etc.
Em que regra devemos basear-nos para não errar na pronúncia? A dica é a seguinte:
1) Se a palavra possui feminino, o plural masculino assume o timbre da forma feminina:
masculinofemininoplural
oco (ô)oca (ô)ocos(ô)
bobo (ô)boba (ô)bobos (ô)
lobo( ô)loba (ô)lobos (ô)
novo (ô)nova (ó)novos(ó)
porco (ô)porca (ó)porcos(ó)
choco (ô)choca (ó)chocos(ó)

Exceção: sogro (ô) – sogra (ó) – sogros (ô)

2)  Quando há consoante nasal m ou n, o timbre da vogal é sempre fechado:
singularplural
gomo (ô)gomos (ô)
tremoço(ô)tremoços(ô)
pomo (ô)pomos (ô)
colono (ô)colonos (ô)
trono (ô)tronos (ô)

3)  Quando a palavra não se encaixa nos dois casos anteriores, é comum a abertura do timbre da vogal o no plural:
singularplural
globo (ô)globos (ó)
olho (ô)olhos  (ó)
porto (ô)portos (ó)
miolo(ô)miolos (ó)
osso (ô)ossos (ó)

4)  Os substantivos femininos conservam no plural o mesmo timbre do singular:.
singularplural
arroba (ô)arrobas (ô)
bolha (ô)bolhas (ô)
boda (ô)bodas (ô)
folha (ô)folhas (ô)
moda(ó)modas (ó)
peroba (ó)perobas(ó)
sova (ó)sovas (ó)

Ditados e Expressões populares, será que empregamos corretamente?

Diariamente utilizamos expressões com significados diferentes daquilo que elas representam literalmente, mas raramente nos preocupamos em ir atrás da sua origem ou — até mesmo — da sua forma correta.
Abaixo cito 13 expressões que todo mundo erra, ou que todo mundo usa mas que nem todo mundo sabe direito o significado ou seu correto emprego: 
1.
Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão: o correto é batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão..
2.
Enfiou o pé na jaca: o correto é enfiou o pé no jacá. Antigamente, os tropeiros paravam nas vendinhas, a meio caminho, para tomar uma bebida. Quando bebiam demais, era comum colocarem o pé direito no estribo e, quando jogavam a perna esquerda para montar no burro, erravam, pisavam no jacá (o cesto em que as mercadorias eram carregadas) e levavam um grande tombo. Por isso, quando alguém bebia demais dizia-se que ele enfiaria o pé no jacá. A jaca, fruta, não tem nada com isso. 
3.
Cor de burro quando foge: o correto é corro de burro quando foge!
4.
Quem tem boca vai a Roma: pois é, eu também fiquei surpresa ao saber que o correto não tem nada a ver com a capacidade de pela comunicação ir a qualquer parte do mundo, e sim uma forma de exortação à crítica política; o correto é quem tem boca vaia Roma.
5.
É a cara do pai escarrado e cuspido: essa é forma escatológica de dizer que o filho é muito parecido com o pai; o correto é a cara do pai em Carrara esculpido (Carrara é uma cidade italiana de onde se extrai o mais nobre e caro tipo de mármore, que leva o mesmo nome da cidade). 
6.
Quem não tem cão, caça com gato: o correto é quem não tem cão, caça como gato. Ou seja, sozinho!
7.
Voto de Minerva: Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os jurados. Coube à Minerva, personagem da mitologia grega, o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
8.
Casa da mãe Joana: na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar numa casa, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
9.
Ficar a ver navios: Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
10.
Não entender patavinas: os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova; sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.
11.
Dourar a pílula: antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.
12.
Sem eira nem beira: os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.
13.
O canto do cisne: dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão “canto do cisne” representa as últimas realizações de alguém.